terça-feira, 31 de janeiro de 2012

UCA e 2012: notícias da Agência Brasil

Hoje, 31/01, foram publicadas quatro notícias sobre o UCA pela Agência Brasil. Vale a pena a leitura. Abaixo, as notícias e trechos.
  1. MEC quer tablets nas escolas, mas programa anterior que entregou laptops chegou a menos de 2% dos alunos: "Considerando o total de matrículas na rede pública nos ensinos fundamental e médio, o número de estudantes que têm um computador em mãos hoje dentro da sala de aula representa menos de 2% das matrículas - se cada máquina estiver sendo utilizada individualmente, como previa o projeto original. (...) O UCA começou a ser pensado em 2005, mas demorou a sair do papel, e as máquinas só chegaram aos estudantes em 2009. Os primeiros computadores foram distribuídos pelo MEC para alguns municípios e na segunda fase as próprias prefeituras adquiriram os aparelhos por meio de um edital organizado pelo governo que reduziu os custos."
  2. Laptops ficam guardados sem uso em escola de Brasília por falta de infraestrutura: "Além da internet lenta, outra falha estrutural dificulta a utilização dos laptops: faltam armários nas salas de aula para guardar os equipamentos. (...) Mesmo com as dificuldades, Cláudia conta que o impacto do UCA no aprendizado é positivo. Os alunos ficam mais motivados porque têm outra ferramenta à disposição além dos livros e do quadro negro. 'No dia do UCA ninguém falta', [Cláudia, supervisora pedagógica] diz."
  3. Computadores mudam modo de ensinar e aprender em escola da Grande São Paulo: "'Os computadores chegaram na escola e, em princípio, foi um susto, ninguém sabia o que seria', conta a coordenadora pedagógica Andreia Gomes da Costa destacando as dificuldades que tiveram de ser superadas para implantação do projeto. (...) Na reunião de pais e mestres do ano passado, os alunos usaram o computador e apresentaram, em formato digital, as atividades desenvolvidas ao longo do ano."
  4. Uso de tecnologia em escolas depende menos de plataforma e mais de conteúdo disponível, defendem especialistas: "Sob esse ponto de vista, Marta defende que o 'hardware' não importa tanto. O essencial é ter à disposição ferramentas que possibilitem um uso educacional de laptops e tablets para que as máquinas não sejam meros reprodutores dos conteúdos que já estão nos livros didáticos. (...) Para Ilona Becskeházy, diretora da Fundação Lemann, a primeira e principal estratégia é buscar conteúdos pedagógicos que possam ser acessados por meio dos equipamentos. “Se você não selecionar conteúdo de alto padrão, tanto faz se é papel, lousa, ou tablet. E isso a gente não faz no Brasil."

2 comentários:

  1. Quanto ao último item - acho uma análise bastante equivocada... a plataforma pode ser um grande problema sim. Eu inverteria a manchete, ficaria assim "depende menos de conteúdo do que da plataforma". Ora, é a plataforma que propiciará ou não o acesso, e como vemos no caso do UCA ainda estamos engatinhando. Quanto ao conteúdo, com a Internet, "o céu é o limite" cada professor pode buscar o conteúdo que JÁ existe e de excelente qualidade mundo afora.
    O foco dos Governos não deve ser produzir e disponibilizar conteúdos digitais para os professores consumirem, isso as redes cooperativas estão produzindo e de graça, o foco deve ser promover a autonomia para a autoria. Estou sendo muito radical?

    ResponderExcluir
  2. Se o problema é veicular material didático, foi lançado o formato EPUB3 no ano passado, e podemos chegar nisso: http://www.youtube.com/watch?v=LV-RvzXGH2Y. Na Internet (que cresce MUITO a cada ano: http://www.internetworldstats.com/stats.htm) há bibliotecas disponíveis como http://www.wdl.org/pt/, Google Books e outros. Temos tanta informação disponível que às vezes só mapeando para visualizar o todo: http://www.visualcomplexity.com/vc/. Não apenas disponível, mas transmitida, compartilhada: http://www.telegeography.com/telecom-resources/map-gallery/global-internet-map-2011/index.html e http://www.telegeography.com/assets/website/images/maps/global-traffic-map-2010/global-traffic-map-2010-x.jpg.

    Não falta informação, falta CONHECIMENTO. Falta pensarmos, sermos, atuarmos como seres sociais, coletivos, colaborativos, cooperativos também na virtualidade.

    ResponderExcluir